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Simplesmente olhe pra dentro |
Além da rotina na prática, outro fator temporal é a duração de cada sessão de meditação. Podemos meditar meia hora ao acordar, meia hora no meio-dia e meia-hora à noite. Podemos meditar cinco minutos logo ao acordar e uma hora, inteira, depois do café da manhã. As combinações são infinitas, mas a rotina diária não pode ser quebrada, especialmente no início. A duração das sessões costuma ser a nossa desculpa mais comum para não enfrentarmos uma prática desconhecida, entediante, incômoda... No entanto, cinco minutos diários já fazem uma grande diferença e meia hora pode ser obtida revisando o tempo gasto na internet, na televisão, em jogos e outras atividades menos benéficas.
O local de meditação não precisa ser especialmente silencioso nem confortável, mas tampouco é recomendável meditar no meio da rua ou cercado de pessoas falando. Muitos meditadores criam seus próprios espaços em casa, para reforçar os estados mentais positivos da meditação através da indução pela repetição. Eles reservam uma área pessoal, limpa e silenciosa decorada com cores, cheiros e imagens relaxantes ou de inspiração religiosa ou filosófica. Muitas pessoas só meditam em templos, ou somente em espaços naturais abertos ou somente em grupo. Todos os ingredientes do ambiente externo podem influenciar a meditação, mas com a experiência eles se tornam apenas detalhes. Meditar pode ser descrito como “olhar para dentro”.
A postura é muito importante para a manutenção dos estados meditativos e também serve como objeto de foco mental. Ela costuma ser o assunto mais presente nas perguntas dos principiantes e muitas vezes a busca por uma postura ideal acaba prejudicando a obtenção dos primeiros benefícios que estimulariam a continuidade da prática. Este não é um manual técnico de meditação, portanto só vamos falar de posturas ao vivo, nas sessões de meditação em grupo. Este mesmo princípio mesmo se aplica ao uso da respiração, do foco nas sensações corporais e da observação objetiva dos pensamentos e emoções.
Outras ferramentas comuns nas práticas meditativas são músicas, movimentos corporais, emissão de sons específicos, recitação dos nomes de Deus, foco em virtudes humanas, orações, mantras, terços, imagens visualizadas internamente ou contempladas objetivamente. Falaremos mais sobre estas últimas ferramentas ao longo dos capítulos sobre a meditação nas diferentes culturas humanas.
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